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Drex: o que fintechs e o mercado de inovação devem esperar da moeda digital

Já tá sabendo do Drex? Pois é! Esse é um assunto que já começou a ficar quente por todo o lugar e se atualizar é essencial, principalmente para quem trabalha com tecnologia e inovação

Isso porque o Drex promete trazer mudanças bastante significativas para a economia brasileira. No texto de hoje, você vai saber sobre essa nova aposta do Banco Central e muito mais. Esperamos que você tenha uma boa leitura!

Antes de tudo, que papo é esse de Drex?

O Drex é a moeda digital criada pelo Banco Central. Também conhecida como “Primo do Pix”, essa moeda é a versão digital do real. Sendo assim, essa moeda poderá ser convertida em qualquer outra forma de pagamento, assim como já acontece com a moeda original.

E só como curiosidade, o nome Drex surgiu exatamente para explicar a sua funcionalidade na íntegra. Confira:

D — digital
R — real
E — eletrônico
X — última letra de "Pix"

O que vale ressaltar é que o Drex não se trata de uma criptomoeda, apesar de também usar a tecnologia de blockchain como base de seu funcionamento. Quando se conhece mais sobre as principais diferenças, dá para ver que a regulamentação e o controle dessa moeda são responsabilidade do Banco Central. Quando se compara com as criptomoedas, se percebe que há uma gestão descentralizada e emissão privada.

Outra curiosidade é que o Drex vai contar com paridade fixa, ou seja, o Drex não terá uma natureza volátil. Assim, ficará sempre em paridade de 1 para 1 com o R$.

Quando passa a valer? É obrigatório?

O que se sabe é que há um protótipo sendo testado da nova moeda em conjunto com bancos e instituições financeiras. Isso já despertou a curiosidade de muitas pessoas a respeito de como vai funcionar a moeda e se o dinheiro em papel será extinto de vez. 

Porém, o que você precisa saber é que neste momento o Drex vai ser uma economia pertinente apenas às instituições financeiras. Por isso, é tão importante as fintechs, startups e mercado de inovação ficarem de olho nessa criação. 

As pessoas físicas provavelmente não terão acesso a esse novo tipo de economia. Então, não se preocupe com o real em papel. A princípio, o que sabemos é que tudo vai se manter como sempre foi. 

Como a moeda pode impactar startups, fintechs e o mercado de inovação?

Bom, como já citamos antes, o Drex promete trazer grandes mudanças para quem trabalha diretamente com serviços financeiros e tecnologia. Então, nada melhor do que entender como a moeda vai funcionar.

A primeira coisa que você precisa saber é que o Drex está em desenvolvimento em uma plataforma digital com tecnologia DLT (Distributed Ledger Tecnology - Tecnologia de Registro Distribuído, traduzido para o português). Esta é uma rede descentralizada, onde todos os participantes têm acesso ao histórico de operações. Assim, podem auditar os dados de maneira mais transparente.

Como falamos, uma fase de testes realizada pelo Banco Central já está acontecendo desde março de 2023, com previsão de terminar em março de 2024. O objetivo destes testes é fazer operações simuladas de transações de emissão, transferência, negociação e resgate controlados. Assim, será possível avaliar a infraestrutura e a segurança das transações.

As instituições que participam destes testes são os bancos Bradesco, Itaú, Nubank, Banco do Brasil, Santander e mais outras 11.

Falando em Nubank, eles citam um exemplo interessante de um possível futuro uso do Drex, já que a moeda também abrirá portas para uma variedade de serviços financeiros, como contratos inteligentes e dinheiro programável, proporcionando aos brasileiros experiências financeiras modernas e acessíveis:

"Pense na compra de um carro, por exemplo. Com a moeda digital, a transferência de propriedade do veículo será feita simultaneamente ao pagamento, trazendo mais segurança para os processos de compra e venda."

O funcionamento em si

Já que o Drex pretende facilitar o acesso do consumidor pessoa física a serviços financeiros, mas não será usada diretamente pelas pessoas nem pelas empresas de modo geral, como é que fica isso? Só para relembrar: quem terá Drex, com emissão e garantia do BC, serão apenas os bancos e instituições de pagamentos autorizadas pelo sistema financeiro.

Mas não é por isso que praticamente todo mundo ficará de fora da economia tokenizada. O que vai acontecer é a possibilidade de acesso a um token, que na prática vai servir como um depósito bancário. E qualquer risco desse token é de responsabilidade da instituição emissora. Então, em uma situação de quebra dessa economia, o usuário terá acesso às proteções contratuais, além do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Em outras palavras, o sistema financeiro continuará a funcionar como todo mundo já conhece: o cliente coloca seu dinheiro em um banco e o valor depositado é emprestado ao banco para manter suas operações e fazer operações a pedido do cliente (fazendo com que o banco passe a "dever" esse dinheiro ao cliente).

Agora o que resta é esperar, pois as novas regulamentações sobre o uso e participação devem chegar a qualquer momento. Ficamos na torcida para que esse novo sistema permita maior inclusão e mais liberdade financeira para os brasileiros e residentes no país.

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17 de ago. de 2023